O que rolou no BeerTour Campinas

Grupo reunido na cervejaria Burgman (foto: Allan Nucci)

No último sábado rolou o primeiro Beer Tour de Campinas organizado pelo beer sommelier Vinicius Colacioppo e com saída da Cervejoteca. O evento começou cedo, com saída programada às 7:00. Fomos muito bem recebidos já com um café da manhã reforçado e de lá seguimos para a Cervejaria Burgman em Sorocaba/SP.

Na fábrica da Burgman conversamos com o cervejeiro-chefe Alexandre Sigolo e fizemos um tour pelo local. A fábrica que está instalada em Sorocaba há 5 anos produz em média 100 mil litros de cerveja artesanal por mês com 2 a 3 cozimentos por dia.
Depois do passeio experimentamos cinco rótulos da casa,
o primeiro foi a Casanova, uma Pale Lager de receita especial com malte Pilsen e Viena, oferecendo um adocicado e uma cor amarelo-dourada. A receita também conta com o dobro de lúpulo e por isso oferece certo amargor.
A segunda cerveja foi a Weiss, um clássico de trigo alemão feito em Sorocoba. A receita é bem tradicional com corpo delicado e cremoso.
O terceiro rótulo foi a IPA que sofre dry hop e recebe os lúpulos amarillo, cascade e mandarina bavaria. Apresenta corpo moderado e coloração âmbar.
A quarta degustação foi a Rabo de Arraia, uma belgian IPA que apesar de ainda ter uma semana de maturação pela frente estava muito gostosa com coloração turva e aroma intenso de fermento de cerveja belga.

E a última foi a Saravá, uma russian Imperial Stout envelhecida em barril com 9% de teor alcoólico e toque ácido. 
Chegada na Happy Brew (foto: Allan Nucci)

De lá partimos para nosso almoço harmonizado na cervejaria Happy Brew também em Sorocaba.
Nosso primeiro copo foi da Happy Pilsen, uma lager do tipo alemã com amargor mais acentuado e acidez mais alta com fixação na garganta e que combina muito bem com queijos.
O nosso segundo copo foi de Happy Wit uma cerveja de baixo teor alcóolico ideal para dias quentes. Produzida com malte pilsen e carahell e um toque de aveia. Foi servida com salsicha no vinagre e salada verde, perfeito!
O terceiro copo foi de Surkaba Pale Ale, uma IPA com maltes e lúpulos (amarillo e cascade) belga e americano. Aqui ainda pudemos experimentar um

Dry hopp direto no copo
(foto: Leila Justo)

Dry Hop de cascade direto no copo para dar mais amargor e combinar com o delicioso sanduíche de pernil.
De sobremesa experimentamos a Cara Vermelha uma viena lager puro malte produzida com matéria prima européia e acompanhada por carolinas recheadas com caramelo, combinação perfeita. E pra fechar com chave de ouro nossa harmonização experimentamos a Dark Side, uma dry Stout de coloração bem escura e sabor “torrado” ou semelhante a café combinada com uma deliciosa palha italiana.

Bar da cervejaria Blondine (foto: Viajante Cervejeiro)

Pra finalizar nosso passeio, seguimos para Itupeva na cervejaria Blondine onde
também visitamos a fábrica e conversamos com o cervejeiro responsável, Fernando Baggio. A fábrica possui uma espécie de bar com ambiente bem bacana e uma lojinha. A cervejaria ofereceu cinco diferentes rótulos, incluindo a Belgian Pale Ale, que ganhou medalha de prata no Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau 2015 com o primeiro lote da produção além de 5 medalhas no Festival de Blumenau.
Também experimentamos a Bad Moose Pilsen que apresenta um blend de maltes, com alta concentração e aroma único, e, por último, a Jackpot Pilsen uma cerveja clara e brilhante que combina muito bem com o clima quente.
Acabamos nossa visita em Itupeva e voltamos a Cervejoteca em Campinas, o passeio todo foi animado por uma trilha sonora de qualidade e serviço de bordo classe A, com água e suco durante todo o caminho, também fomos surpreendidos por inúmeros sorteios de produtos que vocês podem acompanhar na página do BeerTour.
Para quem perdeu, a segunda edição já está prevista para junho e terá como visita principal a Cervejaria Dortmund em Serra Negra. Se você não quer perder nenhuma novidade, acompanhe a página “BeerTour Campinas” no Facebook e não percam!
Muito obrigada a todas as cervejarias e a ao Vinicius por nos proporcionar um sábado tão divertido! Esperamos estar lá para conferir o próximo =)

Cerveja no palito

A Craft Beer Ice Cream, sorveteria brasileira, lançou ontem o primeiro picolé com cerveja do mundo! O lançamento ja chega com 5 sabores harmonizados no palitinho: laranja com Witbier , damasco com Pilsen, gianduia com Bock, doce de leite com IPA e chocolate belga com Dunkel e a marca já tem novos sabores planejados; são eles saison com frutas vermelhas e coco com Stout.

As receitas foram produzidas com cervejas Therezópolis e os picolés são alcoólicos e cremosos.Por enquanto a versão palito só está disponível para o Rio De Janeiro, no Delirium Café e com quatro vendedores nos bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon. No entanto você consegue encontrar os sorvetes da Craft Beer em 35 pontos de São Paulo, na versão pote.


Túlio Rodrigues que comanda a linha de sorvetes também é responsável pela criação de produtos gourmet  como azeites, lanchinhos e molhos com ingredientes da cerveja da Brewer Chef que valem a pena provar também.

E aí, se animou?Quem vai pro Rio provar os picolés e contar para gente na volta?
Aproveitem o feriado e se beberem não dirijam!

Cursos no BrewDog Bar

O bar BrewDog traz cervejas artesanais inventivas, atitude punk e questionamento dos rótulos industriais comuns. Esses ingredientes, aliados aos melhores maltes e lúpulos, utilizados sem moderação, fizeram da cervejaria escocesa uma das marcas mais respeitadas entre os apreciadores do universo. A marca que já era sucesso no Brasil abriu em janeiro, em Pinheiros, seu primeiro bar fora da Europa. A casa sem garçons ou cozinheiros, oferece cervejas artesanais importadas e condicionadas em cadeia refrigerada, o que garante frescor e qualidade excepcionais. Já os poucos e bons petiscos são preparados por jovens beer geeks, aficionados pela bebida. 

Essa semana o BrewDog bar abre as portas para 2 cursos de cerveja. Na terça temos o curso básico com degustações especiais com funcionários da marca vindos da Escócia e comandado por Lucy Peacock.
A inglesa acompanha as operações de bares internacionais da marca, e inicia o curso as 19:00  do dia 23/09 . Lucy dará uma degustação básica, que conta a história da cervejaria, fala sobre o processo de produção da cerveja, mostrando ingredientes, e termina com a prova de 4 rótulos BrewDog (Fake Lager, 5 AM Red Ale, Punk IPA e Libertine Black Ale), além de 1 cerveja convidada. Com duração 90 minutos, a degustação é voltada para o público com nenhum ou conhecimento básico sobre cerveja e custa R$100,00 aqui.

 No dia 25/09, o local promove uma degustação mais avançada. A “Advanced Beer School” ou Escola Avançada de Cerveja será uma degustação guiada por Neil Taylor, diretor internacional da marca, para iniciados no assunto. O encontro terá como tema a série “Unleash the Yeast” ou Liberte a Levedura em português,  abordando os diferentes tipos de fermentos, suas variedades e a ação de cada um deles nas cervejas. Depois da degustação dos rótulos BrewDog Unleash the Yeast Pilsen Lager, Bavarian Weizen, American Ale e Belgian Trappist, os participantes levam um kit com as 4 garrafas para casa. A degustação dura 90 minutos, tem vagas limitadas e custa R$190,00 , então se você se interessou, não perca tempo e se inscreva aqui!

Receita de Imperial Stout

Como semana passada falamos de cervejas que combinam com o inverno, hoje trazemos uma receita de Imperial Stout,uma cerveja escura, potente e que combina muito bem com esse clima.Também vale mencionar que esse estilo harmoniza muito bem com sobremesas (cheesecakes, strudels, tortas, sorvetes, chocolates…), especialmente aquelas que contém chocolate, porque esse ingrediente ressalta as características dessa classe.
Para o preparo vocês encontram todos os insumos na nossa loja virtual ou também na nossa loja física, Rua Santo Bassan, 81 Lado B Bosque das Palmeiras Campinas/SP ,Tel.: (19) 3257-260. O passo-a-passo básico  nós já contamos aqui e atenção ao ajuste da receita para seu aparelho!

Agora vamos aos ingredientes:

– Malte Weyermann® Pale Ale – 43%
– Malte Pilsen Agraria Malte – 12,5%
– Malte Weyermann® Caramunich 3 – 12,5%
– Malte Weyermann® Caraaroma® – 12,5%
– Malte Weyermann® Caraamber® – 12,5%
– Malte Weyermann® Carafa® 3 – 4%
– Cevada Weyermann® Torrada – 3%

Lúpulos
– Amargor – 39 gramas HVG Magnum – início fervura
– Aroma – 46 gramas HVG Perle – faltando 10 minutos final da fervura

Fermento
– Lallemand Windsor

OG – 1,110
FG – 1,022

Brassagem – 66C durante 90 minutos
Fervura – 90 minutos
Fermentação – 16C por 3 semanas aproximadamente
Maturação – 3 a 4 meses
Teor alcoólico esperado – 11,7% ABV

Rota da Cerveja

Riberão Preto a 313 km de São Paulo foi referencia em cerveja no século 20 quando a Antarctica começou seu negócio lá, nos anos 80 houve decadência na cidade e a Antartica mudou-se de lá, mas hoje a cidade abriga 3 cervejarias que estão trabalhando em prol do turismo cervejeiro.
Assim, que tal conhecer os verdadeiros tesouros maltados com a trilha da Rota da Cerveja?São 4 opções de pacotes para os apreciadores da nossa bebida favorita.Os tours etílico passam pelas principais cervejarias de Ribeirão, o pacote 1 oferece 3 paradas: Cervejaria Lund, Cervejaria Colorado e Cervejaria Invicta com degustação de 4 tipos de cervejas em cada lugar.
O roteiro oferece também um guia para acompanhá-los e uma ultima parada a ser escolhida que pode ser no Pingüim – o melhor chopp do Brasil, Vila Dionísio – 3º melhor bar do Brasil ou algum outro de sua preferência.
Para quem não conhece, segue uma breve descrição das 3 cervejarias:
A cervejaria Lund tem uma produção artesanal de cervejas Pilsen, Munich Dunkel, Hefe-Weizen e Witbier – Biere Blanche seguindo a lei de pureza Alemã de 1516 sempre buscando oferecer aos clientes produtos de mais alta qualidade.
A Invicta oferece cervejas do tipo Weiss, German Pilsner, Black Ale- IPA, Imperial Stout, Imperial India Pale Ale, 1000 IBU e Saison com muito conhecimento e ingredientes de primeira qualidade traz endo sabores e aromas deliciosos que fazem sucesso entre os apreciadores mais exigentes
E por último temos a cervejaria mais antiga das três, a Colorado criada pensando em diferentes ritmos, culturas, sotaques, harmonizadas com receitas universais e ingredientes tipicamente brasileiros como café, rapadura, mandioca, mel e castanha do Pará. Suas cervejas são: Caium, Apia, Indica, Demoiselle, Vixnu, Bertho, Ithaca e Titãs.

Para maiores informações ligue (16) 3941 3086 ou acesse o site . 

Sabores refrescantes para o Carnaval

O calor deu uma trégua nos últimos dias mas com certeza os foliões de plantão querem pular muito nesse Carnaval e para aliviar a temperatura a cerveja é companheira número 1.Hoje vamos sugerir rótulos diferentes, muito refrescantes e leves para curtir a festa!

Cervejas do estilo Witbier apresentam coloração que varia do pálido, quase branco, ao dourado mas  é sempre turva, por não ser filtrada. Elas são uma boa escolha, elaboradas com raspas de laranja e semente de coentro são frescas  e oferecem um teor alcoólico médio que varia entre 4,5% a 5,5%.Na Europa são muitas vezes servidas com uma fatia de limão siciliano.


Estrella Dam Inedit
Belga Hoegaarden



A belga Hoegaarden é a mais popular Witbier e pode ser encontrada em alguns supermercados  e casas especializadas em cervejas por um preço bastante acessível: R$ 4, em média, a long neck (330 ml). A espanhola Estrella Dam Inedit do mesmo estilo é um pouco mais cara  custa R$ 30, em média; com 750 ml .


O gênero India Pale Ale também é cítrico porém com graduação alcoólica mais elevada de 5% a 7,5% . Sua coloração é âmbar com aparência encorpada e aroma de lúpulo pois  apresenta dose extra deste aromatizante natural e por isso oferece atividade antibiótica.Uma opção interessante para esse tipo é Green Cow IPA, da Cervejaria Seasons (RS), feita com capim-limão que custa aproximadamente R$18,00 (500 ml).
 
Opções de outros estilos, mas igualmente refrescantes são: Tereza da por R$13,90, uma pilsen extra hop (com lúpulo extra) que por isso oferece uma sensação de relaxamento  ; lager Göttlich Divina! Weiss por R$14,90, da catarinense Opa Bier com adição de guaraná e baixo amargor de lúpulo; americana Sixpoint Resin por R$40,00 (a lata!!) , com sabor de maracujá e a a Coruja Viva, de Porto Alegre por R$28,00, levemente amarga servida em garrafa de 1 litro com 4% de álcool.

Sugestões de uso do açúcar


Agora que as idéias de produção de cerveja estão fervendo na sua cabeça, nós vamos ter que descobrir como usá-las. Como regra geral, não exceda 20% dos fermentáveis, 10% a 20% parecem ser a quantidade certa para obter algum efeito  e / ou sabor discernível. Claro que o mais leve deles vai contribuir com pouco ou nenhum sabor.


Somente o uso de maltes especiais pode não ser adequado se você desejar adicionar um forte sabor do açúcar, sem comprometer o paladar.

Como homebrewing é uma arte, o preparo e a adição de ingredientes também são bem divertido. Seguem aqui algumas considerações:

Por influênciado fogo na panela, onde haverá caramelização e formaçãode melanoidina, adicione o açúcarfracionado e deixe ferver por 10 minutos antes de continuar o segundo turno .Se estiver usando  itens mais caros, como o néctar de agave ou xarope de bordo, pense sobre a divisão do lote e fermentação de 1 a 3 litrosseparadamente para maximizar a sua contribuição. Estes açúcares , bem como o mel, sãomelhor adicionados nas fermentaçõesprimárias ou secundáriaspara manter um sabor delicado.

Um quilo de açúcar qualquer contribuirá entre 1.036 e 1.046 pontos de gravidade para cada 20 litros de mosto,ou 1,007-1,009 por5 litros. A diferençade 0,002 entreos dois é negligenciável. A maioria dos xaropes de açúcar tem uma OG de cerca de 1,400-1,500, então 1 xícara será igual a cerca de 12 onças.

É difícil fazer recomendações vastas ou classificar os muitos tipos de açúcares e suas potenciais aplicações, mas a seguir segue um relato das minhas experiências. Alguns açúcares são versáteis como (mel, dextrose) enquanto outros podem ser exagerados como (melaço e melado escuro). A rapadura vem em diferentes cores dependendo do método de  processamento ​​e terá um sabor mais ou menosforte de acordo com o processo. Use o seu bom senso para combinar o açúcar e a cerveja para começar (açúcar leve e cerveja leve, médio com médio…).Basicamente, sigo um trio de receitas que me serviram muito bem, mas você deve seguir seus instintos, existe uma infinidade de possibilidade de receitas, fique à vontade e divirta-se!
O uso dos açúcares
Dextrose, açúcar de mesa, açúcar de beterrava, xarope de milho, xarope de arroz: Claream o corpo e aumentam o álcool com sabormínimo, podem ser usados em praticamente qualquer cerveja. Ex: cerveja dourada forte, loira belga, tripel, creme inglesa, cerveja pilsensão as melhores.
Mel, xarope de bordo, néctar de agave, xarope dourado, xarope de arroz marrom: Um personagem sutil, pode ser adicionado na cerveja muito escura. Méis varietaispodem ser leves, médios ou fortes com sabor(trigo, abacate). Melhor para versões leves de cor marrom mas pode servir também em outros sabores de cerveja.Ex: cervejas de trigo, cervejas belgas leves, pálido, pale amber e brown ale.
Demarara, açúcar mascavo claro, xarope âmbar belga :  “melaços” light, amanteigados ou com notascaramelizadas, embora bastante sutis e muito versáteis.
Ex: As belgas Dubbel e Quadrupel, cervejas americanas do tipo pale e  âmbar, Barley Wine, IPAou imperial IPA.
Açúcar de palma, açúcar mascavo, rapadura, açúcar de tâmara, tâmara em calda: são incomuns, porém muito saborosos. São mais robustos semelhantes aqueles acima. Caramelo com sabor doce, notas de frutas escuras, baunilha e rum. Combinam com Old Ale , Dubbel ou Quadrupel, Brown Ale, Black Ale e  Doppelbock.
Açúcar mascavo, açúcar belga escuro e xarope: tem sabor bastante agressivo. O açúcar mascavo traz um fruto escuro,  melaço , sabores e aromas como de Rummy. Os açúcares belgas são limpos com  destaque de caramelo e frutas escuras. Combinam com ales belgas escuras, Old Ale, Brown Ale, Porter, Stout, Doppelbock, Barleywine e Baltic Porter.

Melaço, melado, xarope de sorgo: trazem grande efeito  mesmo em pequenas quantidades e podem ser enjoativos se exagerados. Na medida perfeita oferece sabores complexos que poucos outros ingredientes tem. Xarope de sorgo é o menos amargo. Um blende commaltes de caramelo escuro, melaço e xarope de sorgo aumentam o gosto de Rummy e caráter escurofruto desses grãos, bem como dar um toque de alcaçuz preto eanis picante. Comece com cerca de 1 ¼ xícaras (15 onças) de um lote de 5 litros em uma Robust Porter  ouImperial Stout e um pouco menos na Baltic Porter ou Old Ale.

Este texto é um versão traduzida do site All About Beer .

Inverno chegando…..que cerveja vou fazer?

Dúvida cruel para muitos…..qual cerveja fazer visto que o frio está apontando?

Já recebemos muitas mensagens nos questionando acerca desta dúvida. Outros cervejeiros então nos disseram que agora é a melhor época para se produzir cerveja em casa. Quantas dúvidas, quantas questões.

De fato o frio se aproxima e sempre nos vem a imagem de tomar um bom vinho de frente com uma lareira recheada de calor. Hora então de frear a produção da tão bela e deliciosa cerveja? Não, muito pelo contrário. Mas qual fazer se a mais consumida é uma pilsen e que ao contrário não vai nos aquecer neste inverno?

Bem, esta é uma boa oportunidade para fazer outros tipos de cervejas. Talvez uma com mais poder alcoólico, mais lupulada, mais maltada. São inúmeras as possibilidades, sabores, aromas. Talvez você perceba que tem muito mais sabor e aroma estas cervejas mais fortes e, de repente, se apaixone por elas e não queira mais fazer as outras….rsss

Experimente fazer uma Bock, uma Tripel, Quadrupel, Barley Wine, veja que são inúmeras. Dê uma chance pra elas….rsss

Abraços a todos e nos falamos semana que vem.

Um brinde!!!

Afonso Landini
ArteBrew

Cerveja artesanal agrada os paladares mais apurados

Enquanto o mercado de cervejas industriais cresce à taxa média de 5% ao ano, o de cervejas artesanais cresce pelo menos 20%. A cerveja artesanal, como o próprio nome indica, se diferencia da cerveja industrial no processo produtivo e na qualidade do resultado final. Em geral, as cervejas artesanais são feitas com ingredientes nobres e sem uso de conservantes. Além disso, são utilizados 100% de malte de cevada em sua produção, sendo este o seu principal ingrediente e fonte de carboidratos. Outro grande diferencial é que existe apenas um estilo de cerveja industrial, a pilsen. Já as artesanais contam com mais de 120 estilos catalogados.


Um grande diferencial que eu apresento a você é o extrato de malte. Este componente é exclusivamente produzido pela ArteBrew – Cerveja Artesanal e proporciona ao cervejeiro caseiro o prazer de fazer sua própria cerveja de uma forma prática, rápida e econômica.

Preparei para você uma receita especial para produção da cerveja Pale Ale, que é uma cerveja de alta fermentação, mais encorpada e com um amargor mais forte.


Ingredientes para uma receita de aproximadamente 20 litros:

– 5kg de Malte Pilsen ou 3kg de extrato de malte
– 500gr de malte Weyermann® Carared®
– Fermento Lallemand Windsor
– Lúpulo HallertauTradition para aroma
– Lúpulo Hallertau Magnum para amargor
– 40 litros de água de boa qualidade, filtrada e livre de cloro

Modo de preparo:

Passo 1: Coloque em dois caldeirões separados cerca de 20 litros de água em cada um deles. No primeiro, aqueça até 65°C. No segundo, aqueça até 65°C também e deixe permanecer.

Passo 2: Triture os maltes. O ideal é triturar a ponto de colocar uma porção nas mãos e observar as cascas amassadas ou trituradas.

Passo 3: Coloque o malte moído no primeiro caldeirão e deixe agir por 90 minutos. Com o fogo aceso controle a temperatura para que fique dentro dos 65°C. 

Passo 4: Passados os 90 minutos aumente a temperatura até 78°C e deixe agir por mais 5 minutos.

Passo 5: Passados os 5 minutos transfira todo o conteúdo do caldeirão para o terceiro caldeirão, a tina de clarificação. Sugestão: utilize uma vasilha para este procedimento. 

Passo 6: Quando todo o conteúdo estiver na tina de clarificação ligue a bomba e comece a recircular o mosto. Importante: antes de ligar a bomba feche a válvula superior e, quando a mesma já estiver ligada, abra-a lentamente para regular a velocidade e fazer uma boa clarificação.

Passo 7: Passados os 10 minutos o mosto já estará clarificado. Transfira o mesmo para o caldeirão que foi utilizado no início, já limpo e higienizado.Esta operação deve ser feita até que o mosto seja transferido para o segundo caldeirão que está aguardando com a água aquecida. Se for preciso ligue novamente a bomba para clarificar mais. Se não,apenas transfira a água de caldeirão.

Passo 8: Ferva o mosto clarificado. Acrescente aproximadamente 40gr de lúpulo. Deixe ferver por 1 hora.

Passo 9: Após passada 1 hora resfrie o mosto até aproximadamente 25°C.

Passo 10: Transfira o mosto lupulado para o fermentador. Observe que o lúpulo não poderá acompanhar o mosto. Ele ficará no fundo do caldeirão após 15 minutos de decantação. Não mexa no mosto neste momento.

Passo 11: Veja que o líquido não tem mais oxigênio. Você terá então que oxigenar esta mistura. Para isso, ligue o areador com o devido filtro de bactérias.

Passo 12: A ponta do areador deve estar submersa no mosto. Isto irá formar uma espuma: sinal que está introduzindo ar ao mosto.

Passo 13: Após arear o mosto tire o fermento da embalagem e o adicione em um copo com água com aproximadamente 30°C. Coloque um pouco de açúcar para ver o fermento trabalhar. Lembre-se de que esta água não pode ter cloro. Após alguns minutos você verá que uma espuma no nível superior irá se formar no copo, o que sinaliza que o fermento já está “acordado” e pronto para ser introduzido no mosto.

Passo 14: Após colocar o fermento no mosto tampe o fermentador. Coloque a válvula Airlock com a devida rolha. Todo o material deve estar limpo e desinfetado.Este mosto deverá fermentar por cerca de 3 dias a uma temperatura entre 18°C e 25°C.

Passo 15: Passados os 3 dias transfira o líquido para o maturador (outro balde) e deixe agir por mais 20 dias a uma temperatura entre 0°C e 10°C. 

Passo 16: Após estes últimos 20 dias faça o engarrafamento. Importante: antes de engarrafar transfira a cerveja para um caldeirão desinfetado e acrescente açúcar (já em calda) para fazer o primming. Deixe um espaço de aproximadamente 5cm de uma garrafa para a outra para que não corra o risco de estourar.

Passo 17: Deixe as garrafas descansando por mais alguns dias em temperatura ambiente e então sua cerveja estará pronta para consumo. Perceba que foi produzido chopp. Se quiser pasteurizar é só colocar as garrafas submersas em uma água com 60°C por 15 minutos. Se não, coloque apenas na geladeira e deixe esfriar. 

Pronto! Agora é só saborear a sua cerveja artesanal. Aproveite esta receita que estou oferecendo a você e compartilhe com a sua família e amigos!